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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Leves rabiscos sobre o poema Um Bem-te-vi

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“Segundo Roland Barthes , a função utópica da literatura consiste na busca infinita de representar o real através da linguagem. Essa utopia da linguagem presentifica-se no texto a partir de “expedientes verbais” que tentam encenar a realidade.” UM BEM-TE-VI O leve e macio raio de sol se põe no rio. Faz arrebol... Da árvore evola amarelo, do alto bem-te-vi-cartola e, de um salto pousa envergado no bebedouro a banhar seu louro pelo enramado... De arrepio, na cerca já se abriu e seca. BARROS, Manoel de. Um bem-te-vi, In: Compêndio para uso dos pássaros. 3ª [ Ed. Rio de Janeiro: Record, 1999. P.31. Ah, Manoel de Barros ... Poeta que se vale do ambiente natural de sua terra natal e retrata através das palavras, como um “take fotográfico”, imagens simples e precisas da natureza como o banho de um bem-te-vi... Primeiramente é feita uma descrição do cenário natural: O leve e macio/raio de sol/ se põe no rio./faz arrebol ; percebe-se a mistura de dois órgãos dos s

O novo acordo ortográfico vem aí... E agora, José?

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Agora é pra valer, desde o raiar de 2009 o novo acordo se encontra entre nós, países de língua portuguesa! As letras K , W e Y ganham espaço no nosso alfabeto... Espaço esse que já existia nos nossos dicionários... Cada uma faz o seu sho w , marcando presença nos K afkas, W agners em todos os K m percorridos e K g engordados... O trema sai de cena, mas garante que nas nomenclaturas estrangeiras de lá ele não sai, de lá ninguém o tira: Gisele Bündchen respira aliviada! E por falar em sair de cena, os acentos tônicos dão no pé, levando consigo os diferenciais, que por sua vez puxam os circunflexos e agudos dos ditongos abertos, de algumas formas verbais e dos hiatos. Ah, o hífen, esse garoto enxaqueca que tá dando o que falar... [ quem não sabia usar, vai continuar sem saber] E agora, José? Desde 1986 o acordo tentava ganhar espaço entre os usuários da língua portuguesa com a finalidade de unificar a forma de escrever nos países lusófonos. Para Evanildo Bechara, um dos principais gr