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Mostrando postagens de setembro, 2008

Urbanidade [exercício de contemplação do cotidiano]

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Após um longo dia sem descanso, Da janela do ônibus a cidade se revela, Misturando-se a natureza. É um verdadeiro remanso pro coração. As margens do Rio Potengi Os barcos pescam e o sol No horizonte se declina Em tom alaranjado-avermelhado Colorindo o azul do céu ainda não estrelado A ponte se a l o n g a pra que se chegue à outra ponta E embaixo de si ainda tem muita água para passar. Por ela muitos passam, mas poucos percebem a sua generosidade, Ao permitir que se passe sem os pés molhar e ao mesmo tempo os olhos encher. Um trem perpassa sorrateiro ligeiro Cortando o ronco do motor do ônibus Deslumbrando a criança diante dos trilhos Direcionando o olhar dos curiosos passageiros Pensamentos sentimentos Fluem sorrateiros e perpassam ligeiros Assim como o trem que cortou o ronco do motor do ônibus E desviou todas as atenções para si. Misturando-se com as mensagens desencontradas dos outdoors Do passado só me lembro, não repito. O presente vivo intensamente, mas com caut