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Mostrando postagens de 2008

De frente com Faraco

Hoje meu post é especial... Acabei de chegar de uma palestra maravilhosa do Prof. Faraco , sim ele mesmo, o cara que escreveu muitos livros nos quais costumamos ter contato durante a vida escolar. O encontro com ele foi de grande valia, pois tive a oportunidade de trocar idéias com alguém que, com certeza, influenciou a minha escolha pela educação. Em conversa, comentamos que muitas palavras que dizemos ao longo da vida deixam marcas e produzem efeitos inesperados aos nossos ouvintes. No caso dele, graças as agradáveis aplicações práticas da gramática no cotidiano sugerida em sua obra, aqui estou licenciada, apaixonada pela literatura e com o nobre objetivo de formar leitores assim como eu, amantes das belas letras. A crônica a seguir, foi comentada por ele durante a nossa conversa e expressa bem o que sinto em relação a influência do professor na vida de um aluno: Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito – como não imaginar que,sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa p

Por uma educação saborosa... E por que não?

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--> A escola é supostamente o lugar dos saberes...Será mesmo? A relação ensino-aprendizagem é a questão mais discutida no meio acadêmico, pois existem aqueles que almejam um ensino saboroso. Eu me enquadraria nesse meio, até por que durante minha vida escolar senti aquela incomoda sensação: para que serve isso na minha vida?Essas coisas passavam pela minha cabeça até mesmo nas aulas de língua portuguesa, quando me vi diante de regras infinitas e inatingíveis. Acredito que haverá ensino-aprendizagem eficiente a partir do momento em que o professor se colocar no lugar do aluno e ver se a aula que está preparando seria saborosa aos seus olhos. A partir dessa reflexão, as mudanças seriam válidas e a parte interessada, o aluno, sentiria prazer no ensino e perceberia o sentido prático do que aprendeu na escola. A educação deveria ter o primeiro lugar na ordem de prioridades do governo. Ela é a chave para a solução de muitos problemas que temos hoje. O que eu tenho a ver com iss

Urbanidade [exercício de contemplação do cotidiano]

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Após um longo dia sem descanso, Da janela do ônibus a cidade se revela, Misturando-se a natureza. É um verdadeiro remanso pro coração. As margens do Rio Potengi Os barcos pescam e o sol No horizonte se declina Em tom alaranjado-avermelhado Colorindo o azul do céu ainda não estrelado A ponte se a l o n g a pra que se chegue à outra ponta E embaixo de si ainda tem muita água para passar. Por ela muitos passam, mas poucos percebem a sua generosidade, Ao permitir que se passe sem os pés molhar e ao mesmo tempo os olhos encher. Um trem perpassa sorrateiro ligeiro Cortando o ronco do motor do ônibus Deslumbrando a criança diante dos trilhos Direcionando o olhar dos curiosos passageiros Pensamentos sentimentos Fluem sorrateiros e perpassam ligeiros Assim como o trem que cortou o ronco do motor do ônibus E desviou todas as atenções para si. Misturando-se com as mensagens desencontradas dos outdoors Do passado só me lembro, não repito. O presente vivo intensamente, mas com caut

Cartas ridículas,escritores idem

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Quem nunca escreveu uma carta de amor (ridícula) atire a primeira pedra! Se as cartas são ridículas, pode-se concluir que os seus autores também o são. Não importa a idade, o sexo, a classe social, todos somos ridículos quando escrevemos cartas de amor. O amor torna toda e qualquer carta ridícula. Quando se está amando, nos tornamos uma mistura contraditória de razão e emoção. Cada palavra escrita forma sentenças que ganham tom de lirismo. É como se em cada palavra o escritor quisesse se materializar para o ser amado. Há quem diga que as cartas de amor estão fora de moda. O advento da tecnologia dos emails e sms calou a voz dos amantes descabelados? Creio que não! No que diz respeito ã agilidade, os correios eletrônicos são mais vantajosos e são tão receptivos ã linguagem dos apaixonados quanto às cartas manuscritas. É possível ser romântico atualmente, isso nunca sairá de moda. Fernando Pessoa, através do seu heterônimo Álvaro de Campos, escreveu o seguinte: